sábado, 30 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Sintese do artigo: “Educação e sociedade da aprendizagem: um olhar sobre o potencial educativo da internet” de Clara Coutinho e Manuela Alves
No artigo “Educação e
sociedade da aprendizagem: um olhar sobre o potencial educativo da internet”,
Coutinho e Alves analisam as potencialidades da Web 2.0 e das suas ferramentas
no contexto educativo.
Na actual “sociedade de informação”,
a internet e as suas ferramentas podem tornar-se aliados fundamentais para os
educadores, uma vez que permitem ambientes de aprendizagem
inovadores e desafiantes e fornecem várias possibilidades de trabalho
colaborativo.
Contudo, é necessário ter em atenção
algumas das suas fragilidades, nomeadamente a elevada quantidade de
informação disponível e a falta de viabilidade da mesma. Assim, torna-se fundamental que os alunos tenham uma iniciação à
pesquisa de informação web, para que a recolha da mesma funcione como um
construtor activo dos seus conhecimentos.
Entre as principais
vantagens da internet no processo ensino-aprendizagem sumarizadas pelas autoras, numa revisão da literatura, destacam-se: a flexibilidade de
tempo da sua utilização, independência geográfica, baixos custos, acesso a
fontes de informação variadas e constantemente actualizadas, desenvolvimento do
espírito crítico através da necessidade de selecção de informação, partilha de
saberes, possibilidade de visualizar o mundo através de uma realidade
interdependente, intercultural, aumento de comunicação e incentivo à
curiosidade, desencadeando naturalmente a aprendizagem.
O artigo enumera,
ainda, uma série de ferramentas da web 2.0 com grandes potencialidades de
utilização no contexto educativo, indicando as principais vantagens da sua
utilização no processo ensino-aprendizagem: blogs, wikis, podcast, Google
calendar, Docs & Spreadsheets, De.lici.ous, Messenger, Skype e Google Talk.
Finalmente,
as autoras procuram responder, baseadas numa revisão da literatura, às seguinte
questões: “Qual o potencial educativo da internet?” e “Como está a escola a
adaptar-se aos novos cenários de educação e aprendizagem na web?” Relativamente
à primeira questão, a resposta é, segundo, as autoras, “inequívoca” (Coutinho &
Alves, 2010, p. 220). A internet pode, de facto, contribuir para a mudança que o
processo ensino-aprendizagem necessita para se adaptar à “sociedade da
informação”, do “conhecimento”, e proporciona novas formas e diversos contextos
de aprendizagem.
Na nossa opinião, fazendo
uma ponte para a realidade do ensino musical, estamos totalmente de acordo com
as autoras nesta questão. Como pertencentes a uma geração que quase desde
sempre vive rodeada de internet, consideramos que é muito difícil
imaginarmo-nos sem ela em qualquer contexto, nomeadamente no contexto
educativo. Apesar do ensino instrumental ainda estar muito preso aos meios
tradicionais, aos poucos os professores vão percebendo o potencial da web 2.0
na partilha de recursos com os alunos, nomeadamente de partituras, de ficheiros
áudio, vídeos, entre muitas outras potencialidades.
Relativamente à segunda
questão, as autoras já não a consideram tão simples. Aqui, Coutinho e Alves
fazem uma importante distinção entre o que são as intenções e propósitos do
Governo e a realidade. Não poderíamos estar mais de acordo com a afirmação de
que há excessiva preocupação com a aquisição de equipamentos em detrimento da
sua utilização pedagógica nos diferentes níveis e modalidades de ensino e
formação (Brito et al., 2004). No caso da música essa é, sem dúvida, uma
problemática constante. De acordo com Cunha (2006), “Através de um inquérito
realizado aos professores concluiu-se que quase metade dos inquiridos não
utiliza as tecnologias nas suas aulas. Grande parte dos utilizadores afirmou
que nunca teve qualquer tipo de formação nesta área, não obstante existir pelo
menos uma disciplina de tecnologia nos currículos de formação de professores de
música” (Cunha, 2006, p. ii).
Desta forma, consideramos
que a Web 2.0 tem, de facto, um imenso potencial educativo, quer no ensino
regular, quer no ensino artístico vocacional. No entanto, é de importância
fulcral, mais do que o investimento em equipamento, uma maior ênfase na formação
de professores e na criação de oportunidades de concepção de recursos tecnológicos
educativos ligados à música, utilizando os recursos disponíveis na internet.
Coutinho, C.P. & Alves,
M. (2010). Educação e sociedade da aprendizagem: um olhar sobre o
potencial educativo da internet. Revista de Formación e Innovación Educativa
Universitaria, Vol. 3 (4), 206-225
Cunha, Pedro (2006). Tecnologias
da Música em expressão e educação musical no 1º ciclo do ensino básico. Braga:
Dissertação de Mestrado em Estudos da Criança - Área de Especialização em
Educação Musical, Universidade do Minho
Para uma leitura do texto completo consulte o link: https://docs.google.com/document/d/1_UXw0R-qbDiH40mxh5KX9eFB95PKA_eh_KWmd1sjAsA/edit?pli=1
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Sintese do artigo: “Tecnologia Educativa em Portugal: conceito, origens, evolução, áreas de intervenção e investigação” de Elias Blanco e Bento Silva
O artigo “Tecnologia Educativa em Portugal: conceito, origens, evolução, áreas de intervenção e investigação” apresenta-nos um panorama da intervenção da Tecnologia Educativa em Portugal. Começando por analisar o conceito de Tecnologia, em geral, através de uma perspectiva histórica da sua utilização ao longo dos tempos, os seus autores verificam que a relação entre Homem e Natureza, mediada pela tecnologia, sempre existiu, tendo mais ênfase numas épocas do que noutras, vendo o seu grande impulso na sociedade contemporânea. Foi a partir deste impulso, no século XX, que as instituições educativas reestruturam os seus princípios de organização e a Tecnologia passa a aliar-se à educação, sob a forma de “Tecnologia Educativa”.
Vários autores, que reflectiram sobre esta matéria, identificam diferentes etapas de evolução deste conceito. Blanco (1983) reconhece três, que se distinguem pela ênfase colocada na sua acção. Primeiramente, a sua acção enfatizava a modernização dos processos de ensino, através dos meios audiovisuais. Posteriormente (2ª etapa), o seu foco passa-se a centralizar na aprendizagem pelo aluno e não no ensino pelo professor e, finalmente (3ª etapa),na década de 70, com o advento e desenvolvimento da cibernética, que trouxe a aplicação da concepção sistémica à educação e, nos anos 80, da hipermédia, esta tecnologia passou a focar-se na mudança educativa.
Em Portugal, também se podem destacar três momentos de evolução: arranque, onde a sua acção se focava, ainda, nos meios audiovisuais como auxiliares para o ensino, tendo sido criada, em 1964, a Telescola, afirmação, através da integração da Tecnologia Educativa na Formação de Professores, criação do Projecto Minerva e a aplicação dos trabalhos de Reforma Educativa, entre 1987 e 1988, onde se destacam três programas que valorizam esta Tecnologia (A5, A6 e A7) e desenvolvimento, resultante destas Reformas, que fez com que a tecnologia educativa, actualmente, seja uma das componentes das Ciências da Educação presente em todas as modalidades de formação de professores dos diferentes graus de ensino não superior.
A Tecnologia Educativa intervém, no nosso país, em três áreas: o apoio à educação/ensino à distância, a formação de professores e educação de adultos em formação profissional.
Segundo os autores, a investigação em Tecnologia Educativa, em Portugal, ainda se encontra nos seus primórdios, apesar de poder evoluir com a criação de Mestrados e Doutoramentos na área. Esta centra-se essencialmente na aplicação das teorias de aprendizagem à estruturação do conhecimento; no desenvolvimento de métodos, estratégias e técnicas de ensino-aprendizagem; na exploração dos recursos tecnológicos da informação e da comunicação e, por fim, na utilização de sistemas de planificação, de gestão e de avaliação na analise dos problemas e soluções educativas.
A Tecnologia Educativa pode trazer muitos benefícios para a educação, mas se for bem aplicada. Para isso, é necessário criar condições e, sobretudo, dar formação aos Professores nesta matéria. No caso da música, consideramos ainda haver um longo caminho pela frente.
Bibliografia:
Silva, E. & Bento, S. (1993). Tecnologia Educativa em Portugal: conceito, origens, evolução, áreas de intervenção e investigação. Revista Portuguesa de Educação, Vol. 6 (3), 37-55.
Link:
O artigo “Tecnologia Educativa em Portugal: conceito, origens, evolução, áreas de intervenção e investigação” apresenta-nos um panorama da intervenção da Tecnologia Educativa em Portugal. Começando por analisar o conceito de Tecnologia, em geral, através de uma perspectiva histórica da sua utilização ao longo dos tempos, os seus autores verificam que a relação entre Homem e Natureza, mediada pela tecnologia, sempre existiu, tendo mais ênfase numas épocas do que noutras, vendo o seu grande impulso na sociedade contemporânea. Foi a partir deste impulso, no século XX, que as instituições educativas reestruturam os seus princípios de organização e a Tecnologia passa a aliar-se à educação, sob a forma de “Tecnologia Educativa”.
Silva, E. & Bento, S. (1993). Tecnologia Educativa em Portugal: conceito, origens, evolução, áreas de intervenção e investigação. Revista Portuguesa de Educação, Vol. 6 (3), 37-55.
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terça-feira, 13 de março de 2012
Bem-Vindos
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